sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Reflexões sobre o filme: O Sorriso de Monalisa


O filme O Sorriso de Monalisa nos proporciona várias reflexões interessantes, denunciando a realidade que existia naquela época, década de 50, levantando reflexões de questões que ainda vivemos em nosso momento sócio-histórico.
Reflexões estas que abordam sobre a prática docente. Hoje em dia os materiais, livros didáticos (apostilas), são muito utilizados pelos professores para prepararem as aulas, seja para ser usado como eventual consulta ou para ser trabalhada na sua totalidade, apesar dos avanços da tecnologia. Os materiais didáticos não podem sobrepor ao professor. Este tem que preparar uma aula que vá além do que está na “apostila”, buscar novos conhecimentos, atualizar-se, para desenvolver um ensino eficaz, significativo e prazeroso para o aluno.
No filme a professora adotou um novo método de ensino em suas aulas, incentivando as alunas a pensarem por si mesmas se posicionarem de forma crítica, não somente nas aulas de História da Arte, como também nas suas vidas.
Em uma das cenas do filme a professora mostra as alunas, a tela Girassol de Van Gogh, esclarecendo que o pintor não pintava as coisas como elas eram, mas sim como ele as via. Deste modo as alunas, construíram relações com a visão do autor, valorizando a individualidade.
Assim, como no filme, trabalhar a imagem na sala de aula, pode ser um instrumento para o professor e aluno serem capazes de ler as imagens com olhar contestador e não passivo “buscar o olhar além das imagens”, pois nem sempre o que vemos na imagem é o que realmente é.
O filme nos provoca desejo de mudança, criar uma nova postura de educador em relação ao educando. A formação continuada é fundamental, estar em permanente construção da aprendizagem e acima de tudo, ser pesquisador, curioso, investigador e criativo.
A professora de artes, representada no filme, criou situações para que as alunas refletissem através das obras de arte. Despertando o interesse pela arte, aprendendo apreciá-la, sem ditar se é bonita ou feia, se gosta ou não, a ter um novo olhar sobre a realidade que as cerca e a posicionarem-se como cidadãs críticas.
Penso que a função do professor é de oportunizar e encaminhar o educando no seu desenvolvimento como ser humano, procurando educá-los para que sejam capazes de interpretar, refletir, questionar e decidir sobre a realidade e problemas da sociedade, sendo estimulados de forma crítica e criativa.



Reflexões sobre o filme: Entre os Muros da Escola


O filme Entre os Muros da Escola serve como instrumento de reflexão na crítica ao modelo pedagógico atual. Embora o filme retrate a realidade educacional francesa, traça situações do cotidiano da sala de aula, que em alguns momentos relaciona-se com o dia-a-dia de nossas escolas. Evidenciando a relação professor/aluno, os conflitos, o diálogo, as discussões, os aprendizados, as dificuldades que se encontram na sala de aula.
O perfil de professor apresentado no filme parece dividir-se entre uma educação de hierarquia, preso a pressupostos disciplinares e um ensino que prioriza a valorização dos saberes dos alunos, tentando adequar-se a realidade da turma. O professor não se intimida e procura mudar as estratégias passando a trabalhar questões que faziam parte das necessidades dos estudantes, como argumentação de idéias. Tentando estimular seus alunos na sala de aula, enfrenta desafios com a falta de interesse em aprender.
A temática do filme é oportuna, atual e relevante. Entre os temas abordados está, o papel do professor, questionar o método de ensino que é caracterizado pela punição, ênfase maior no comportamento do aluno do que na aprendizagem, diversidade cultural e étnica, a indisciplina pela insatisfação dos alunos e o limite imposto pelo professor... Temários que estão presentes no meio educacional.
Bem como no filme, dentro dos muros escolares professor e aluno enfrentam conflitos, onde esses são permeados pela violência, pela dificuldade de estabelecer uma relação democrática na escola por utilizar de recursos autoritários. Nas cenas há conflitos que vão desde preconceitos, falta de disciplina, falta de comunicação entre pais e escolas, diversidades de opiniões e cultura, agressões físicas e verbais, além de professores com necessidades de rever sua atuação para atrair os alunos para o conteúdo.
O filme Entre os Muros da Escola, oportuniza a reflexão sobre a ação pedagógica e a necessidade de uma experiência escolar efetivamente democrática, inclusiva, menos violenta, com comprometimento ético e como determinadas práticas educativas podem afetar pessoas, famílias e a sociedade.